terça-feira, 8 de maio de 2012

Artes Gráficas

           As artes gráficas não se desenvolveram na Noruega até 1895, altura em que Edvard Munch começou a utilizar diversas técnicas, incluindo xilografia, gravura a água-forte e litografia. A sua obra não foi reconhecida de imediato na  Noruega, devido ao facto de Munch viver no estrangeiro. Assim, as suas técnicas de arte gráfica não influenciaram o trabalho dos outros artistas noruegueses. Alguns anos mais tarde, Nikolai Astrup desenvolveu um estilo muito pessoal, utilizando a técnica de xilografia a cores, e Johan Nordhagen deu uma importante contribuição ao ensinar na Academia Real das Artes e Ofícios (1899), fornecendo uma base sólida à formação em artes gráficas na Noruega. Durante a primeira metade do século XX, os mais proeminentes artistas gráficos noruegueses foram Rolf Nesch (1893-1975), que recebeu aclamação internacional pela sua original técnica de metalografia, e o artista sámi John Savio (1902-1938), que trabalhou principalmente com xilografias.
           Durante as décadas de cinquenta e sessenta do século XX, Sigurd Winge virou-se para o expressionismo alemão, começando a estudar as técnicas de Rolf Nesch. Este artista trabalhou fundamentalmente com gravura a água-forte, experimentando com os contrastes entre cores claras e escuras. A tendência geral durante a década de cinquenta foi para os estudos figurativos e de paisagens, na sua maioria através do uso de xilografias e litografia. Muitos artistas promissores seguiram o estilo do internacional Atelier 17 de Stanley Hayter, em Paris, que se especializava numa técnica de impressão de mais cores com apenas uma chapa. Em 1965, Reidar Rudjord e Anne Breivik fundaram um atelier oficina em Oslo, o Atelier Nord, seguindo os princípios do estúdio de Paris.
           Nos anos setenta deu-se a introdução de várias técnicas novas, incluindo a serigrafia, ocorrendo ainda um renascimento da arte da gravura em água-forte, tanto nos trabalhos figurativos como não figurativos. Os anos setenta são frequentemente referidos como os anos de ouro das artes gráficas, uma vez que o aumento do interesse pelo género era visível entre a comunidade artística e a comunidade pública de igual modo, para além de terem sido criados muitos novos ateliers e cooperativas de artistas. Entre os nomes dignos de relevo nos anos mais recentes incluem-se Bjørn-Willy Mortensen (1941-1993), Per Kleiva (n. 1933) e Anders Kjær (n. 1940).

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